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O melhor de nós


Há em nós- e fora de nós- um oceano de emoções e sabedoria a ser descoberto! Fico impressionada com o quanto conhecemos pouco sobre a nossa individualidade e, mais ainda, com o quão pouco lutamos por transformações. Por muito tempo, reconheço que fui alguém extremamente superficial: vivi conforme as circunstâncias e confundi quem sou com quem as pessoas esperavam que eu fosse. Entretanto, nos últimos três anos, tenho me aventurado não só ao descobrir mais sobre quem sou, mas também ao viver em constante busca por aperfeiçoar o meu caráter e explorar as minhas vocações.


Olhando para trás, tenho certeza que eu jamais teria coragem de proporcionar tais transformações sozinha. Então, hoje meu coração transborda alegria pois sei quem me tornou, literalmente, uma nova pessoa: o Autor da Vida- e não há palavras que descrevam o quanto eu amo ser transformada por Ele. Por isso, nesse texto quero compartilhar como podemos ter a experiência de “nascer de novo”, tornando-nos a melhor versão de nós mesmos.


O primeiro passo é a renovação da mente. Creio que, tal como registrado em Romanos 12, dela decorre toda e qualquer transformação. Isso porque a forma a qual enxergamos os acontecimentos diários e entendemos quem somos está diretamente ligada ao que lemos e experienciamos ao longo de nossas vidas. Assim, não há como pensarmos de forma diferente se não lermos ou experienciarmos algo novo.


De forma concreta, quando comecei a questionar e ouvir pessoas verdadeiramente cristãs, ler a Bíblia em meu quarto e visitar igrejas eu fui, lentamente, tendo a minha mente renovada. No começo, não entendia muitas coisas sobre o cristianismo- e, sinceramente, discordava de mais coisas ainda. Entretanto, no começo a curiosidade e depois o encanto pelo já descoberto, fizeram-me não desistir de conhecer cada vez mais quem Deus realmente era. Não qual era a doutrina, muito menos quem eram os cristãos, mas quem era o Criador desse mundo tão rico em criatividade e beleza no qual vivo.

Nisso, descobri que, ao contrário do que muitos pensam na contemporaneidade, não cabe a nós idealizarmos um Deus conforme o nosso achismo: o Autor da Vida se revelou a nós, mostrando-nos o seu caráter e vontade. Então, cabe a nós conhecê-lo, não inventá-lo. Esse conhecimento, inevitavelmente, renova a nossa forma de interpretar o mundo e, portanto, de viver nele.


Mas, para quê conhecer a Deus?

Ou melhor, como conhecê-lo?


Se crermos que o melhor de nós está em algum lugar do nosso interior, perdido em meio ao medo, insegurança e frustração, permaneceremos limitados por tudo isso. Transformações serão até possíveis mas, infelizmente, terão pouca profundidade. Por outro lado, quando passei a crer em um Deus que me transcende, passei a transcender a mim mesma- e vi que lá estava o melhor de mim.

De forma menos abstrata, ao ler as Escrituras e me deparar com um Deus sincero, que escancara a maldade que há em nós e no mundo, mas também imensamente sábio, já que criativamente atua na história para reconciliar o mundo com o seu belo Projeto Original, sem violar o nosso livre-arbítrio, passei a perceber algo no mundo além do visível. Percebi que Deus quer se relacionar conosco de modo pessoal, mostrando nossos erros e nos transformando diariamente, mas que cabe a mim dedicar meu tempo para conhecê-lo.

Já ao ler sobre Jesus, Aquele que, apesar de todo o seu Poder, diz corajosamente ter vindo para “servir, não para ser servido”, descobri que, nesse caráter e sabedoria, está o melhor de mim. Diante disso, passei a enxergar maldade não só naquele que rouba, mata ou mente: mas também naquele que é negligente, preguiçoso, egoísta e orgulhoso - há maldade em mim, distorcendo quem fui criada para ser.

Assim, ao perceber, em Cristo, o quão mais corajosa, humilde, perseverante e caridosa eu deveria ser, naturalmente me arrependi. E, ao contrário do que muitos pensam, esse é um sentimento magnífico quando acompanhado pelo inconformismo. Graças ao arrependimento, tomei consciência de quem eu posso me tornar e me prontifiquei para tal transformação- na qual a ajuda do Espírito Santo, o exemplo de Cristo e o Amor de Deus são essenciais.


Com isso, a minha vida mudou de tom: tudo ao redor, antes cinza, se tornou um vibrante vermelho, clamando por transformações agora possíveis. Pois caminhar com o Autor da vida é ser renovada diariamente; é viver em busca do melhor de si; é querer transbordar às pessoas o Amor e a Paz que recebemos de Deus. Assim, nos tornamos cada vez mais gratos e satisfeitos: preferimos, então, dar do que receber, adquirimos mais autocontrole e somos menos vaidosos- tudo isso por que encontramos verdadeiros Propósitos.

Essa caminhada demanda tempo, renúncias e a sinceridade do nosso coração: mas estou convicta de que não há nada no mundo mais digno de nossas energias. Nunca deixe as obrigações rotineiras, o medo da opinião dos outros ou a preguiça sufocar a busca pelo melhor de você!


Por fim, sei que ainda não alcancei o melhor de mim- e jamais alcançarei. Entretanto, por estar em Jesus o melhor de mim, busco caminhar com Ele e sou transformada diariamente. Isso não quer dizer que todos nós deveríamos nos enquadrar em um padrão comportamental ou apenas seguir regras- muito pelo contrário! Quer dizer que temos a fonte infinita de Amor e Sabedoria disponível para dela usufruímos e, a partir disso, manifestarmos de forma única, conforme a nossa individualidade, a Perfeição que Deus nos mostra as vezes de modo sutil, as vezes de maneira grandiosa, ao renovarmos a nossa mente. Por que, então, não embarcar na bela aventura que é descobrir e ser o melhor de nós mesmos?


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