Minionu, um jeito de mudar o mundo
Esse ano tive a oportunidade de participar de um projeto muito interessante, no qual jovens de todo o Brasil se reuniram na PUC, em Minas Gerais, para simular temas importantes da agenda internacional. Depois de meses de treinamento e preparação, viajamos para Belo Horizonte e lá, tivemos a oportunidade de expandir nossos horizontes.
A viagem aconteceu no mês de outubro, do dia 12 ao dia 16. Dentro desses dias, foram três de reuniões, buscando solucionar temas polêmicos que geram conflitos delicados na própria ONU.
No dia da chegada, fomos para a cerimonia de abertura, na qual foram entregues materiais e muitos dos organizadores discursaram. Uma menina, minha xará Raquel, falou, também, muitas palavras motivadoras e conselhos que usei no projeto e continuarei aplicando em minha vida. Ao final foi servido um lanche e nele conhecemos algumas pessoas que participariam conosco no comitê.
O país que eu representei foi a China e meu comitê era o OCHA. Discutimos a respeito do direito humanitário em conflitos armados. Foi algo muito edificante para mim, especialmente porque tenho interesse em trabalhar como médica humanitária, e lá, pude ver um pouco da realidade da Cruz Vermelha e do MSF.
Discutimos a importância de proteger os civis, de garantir cuidados médicos e outros direitos básicos à eles, de controlar o uso de armas e do cuidado com seres tão vulneráveis no contexto de guerra: mulheres e crianças.
Pude aprender um pouco mais sobre o direito humanitário, um assunto não muito discutido, mas extremamente útil. No Brasil, apesar da violência, o conflito armado aparenta ser uma realidade distante, no entanto, é necessário se voltar à causa, visto que milhões de seres humanos sofrem com eles.
No primeiro dia de simulação, nem cheguei a falar nada. Amo discutir e defender meus ideais, especialmente quando os estudo e tenho propriedade no que estou falando, mas, em certos ambientes, não me sinto tão confortável e foi o que aconteceu. Sai frustrada, mas fui conversar com meus professores e estudar mais, porque já não sou de desistir das coisas, quanto mais se tratando de um projeto grandioso e investido como esse. Vi que esse bloqueio era normal e como conheci o jeito das pessoas com as quais estava discutindo, fiquei mais segura para o dia seguinte. Muitas vezes algo dá errado para que possamos nos superar. No segundo dia, então, falei. Pude ver o quão bom é participar e se entregar àquilo que você se envolve. Provei, também, do quão gratificante é quebrar barreiras que te impedem de fazer o melhor.
Além de toda experiência e crescimento com o projeto, foi um prazer viajar ao lado de companhias tão agradáveis e de professores tão dispostos a ajudar, sem eles certamente nada teria acontecido dessa forma. Dou graças a Deus por essa oportunidade, afinal, Ele me guiou até lá e fez com que tudo saísse perfeitamente bem.