Indecifráveis e Constantes Lutas
O belo da conquista
Não se encontra na preciosidade da recompensa,
Mas sim na profundidade da luta.
Se estamos imersos em uma batalha imensa,
O que seria de nossas insólitas vitórias,
Sem nossas inúmeras derrotas?
Enquanto luto, minto para mim mesma que sou invencível
Por um momento, quase acredito
Mas de repente, uma onda de fragilidade me torna tão sensível,
Que admito: ser heroína é um grande mito!
Coragem é se superar, ou meramente se aceitar?
Admitir-se frágil é necessário, Mas perseverar e se encher de fé,
É o que eterniza a engenhosidade de nosso imaginário.
Lá reside o que há de mais puro, autêntico e real em nós
Enquanto o externo nos padroniza e suprime,
Somos indescritivelmente livres quando estamos a sós.
Toda a inspiração vem de nosso corajoso mover,
Pois este nos exige invejável garra.
Humano só começa a viver,
Quando se livra de suas amarras.
Conquistas sempre foram como ouro para os corações
Alguns as chamaram de dinheiro, outros de propriedade e alguns de status social
Mas os bens-aventurados perceberam
O que há nelas de tão especial.
Almejamos sempre admiração
Complicado é quando jogamos na mão de meros indivíduos,
A nossa auto-realização.
O que fazer nesse mundo
De antagonismos tão profundos?
Perdidos estamos, ou há onde se encontrar?
Ganhar, conquistar, lutar e crescer
Mas o que há por trás disso tudo
Que devemos saber?
O sentimento é que nos move
E a razão, resolve as vezes se intrometer
O medo e o amor dão as mãos e acompanham as nossas guerras
Mas eu não ligo, pois sei bem que isso é que é viver.